Taxa de desemprego no Brasil atinge menor nível para o trimestre desde 2012 6u5y1v

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O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 6,6% no trimestre encerrado em abril de 2025, o menor índice para esse período desde 2012, quando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) começou a ser aplicada. No mesmo trimestre de 2024, o percentual era de 7,5%, evidenciando uma tendência consistente de queda na desocupação.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam que o país já acumula 46 trimestres consecutivos de redução nas taxas de desemprego, considerando as comparações anuais. Essa sequência positiva começou no trimestre encerrado em julho de 2021 e vem se mantendo desde então.

De acordo com o IBGE, os últimos 12 meses foram especialmente favoráveis, registrando as menores taxas para cada trimestre desde 2012, ou, em alguns casos, desde 2014.

Rendimento atinge maior patamar da série histórica
Além da queda no desemprego, o levantamento do IBGE mostra avanço no rendimento médio real dos trabalhadores. No trimestre encerrado em abril de 2025, o rendimento médio chegou a R$ 3.426, o maior valor já registrado para esse período desde o início da série histórica.

O número também representa o maior patamar considerando todos os trimestres comparáveis, o que inclui os períodos encerrados em janeiro, julho e outubro de anos anteriores. Esse crescimento na renda reflete tanto a expansão do emprego formal quanto a valorização dos salários em diversos setores.

Queda na informalidade impulsiona qualidade do emprego
A informalidade no mercado de trabalho brasileiro também apresentou recuo. No trimestre encerrado em abril de 2025, a taxa ficou em 37,9%, uma redução em relação ao trimestre anterior (38,3%) e ao mesmo período do ano ado (38,7%).

Ao todo, 39,2 milhões de pessoas atuavam na informalidade, de um total de 103,3 milhões de ocupados no país. A informalidade considera trabalhadores sem carteira assinada, sem registro de CNPJ, empregadores na mesma condição e trabalhadores auxiliares familiares.

A queda foi puxada principalmente pelo aumento dos empregos formais. O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 0,8% no trimestre e 3,8% no acumulado de 12 meses. “O mercado de trabalho está absorvendo mão de obra, se mantendo forte e resiliente, com destaque para o crescimento do emprego com carteira assinada”, explica William Kratochwill, pesquisador do IBGE.

Setores que puxaram a geração de empregos
Na comparação com o trimestre anterior, apenas o setor de istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais apresentou crescimento significativo, com alta de 2,2%. Os demais setores ficaram estáveis.

Já na comparação anual, cinco segmentos foram responsáveis pelo aumento das vagas:
Indústria geral (3,6%);

Comércio, reparação de veículos e motocicletas (3,7%);

Transporte, armazenagem e correio (4,5%);

Informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e istrativas (3,4%);

istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (4%).

Por outro lado, houve retração no setor agropecuário, com queda de 4,3%.

Subutilização e desalento seguem em queda
Outro dado positivo é a redução da subutilização da força de trabalho, que inclui os desempregados, os que trabalham menos do que poderiam e os que gostariam de trabalhar, mas não buscam emprego. Esse grupo somou 18 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril, número estável em relação ao trimestre anterior, mas 10,7% menor na comparação anual.

A taxa composta de subutilização ficou em 15,4%, também estável no trimestre, mas com queda significativa frente aos 17,4% registrados no mesmo período de 2024.

O número de desalentados — aqueles que desistiram de procurar emprego — também apresentou recuo. Foram 3,1 milhões de pessoas nessa situação, mantendo estabilidade no trimestre, mas com uma redução de 11,3% em relação ao ano anterior. O percentual de desalentados ficou em 2,7%, abaixo dos 3,1% registrados em abril de 2024.

Cenário reforça tendência de recuperação econômica
Os dados reforçam a resiliência do mercado de trabalho brasileiro, com expansão da formalização, aumento dos rendimentos e redução dos principais indicadores de subutilização da mão de obra. Esse cenário indica uma recuperação econômica mais robusta e com geração de empregos de maior qualidade. Com informações da Agência Brasil

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