Nova tarifa de Trump sobre aço e alumínio: impacto global e reações no Brasil 5i2j31

GRNEWS nas Redes Sociais Facebook Twitter YouTube WhatsApp Instagram 6w619

O aumento da sobretaxa imposta pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio importados, que ou de 25% para 50%, não afetará apenas o Brasil, mas todo o mercado internacional desses insumos. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (4) pelo presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

Consequências no mercado internacional
Alckmin ressaltou que a medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, não se restringe ao Brasil, mas se estende globalmente, resultando no encarecimento dos produtos. “A medida que os Estados Unidos, o presidente [Donald Trump] tomou ontem, aumentando o imposto de importação de 25% para 50%, não foi só para o Brasil, foi para o mundo inteiro. Então, não é ruim para o Brasil, é ruim para todo mundo, vai encarecer os produtos”, observou Alckmin, durante a inauguração do Parque Solar de Arinos (MG).

Relação comercial e diálogo diplomático
O presidente em exercício destacou a importância da cadeia produtiva entre Brasil e Estados Unidos, lembrando que o Brasil é o segundo maior comprador do carvão siderúrgico americano. Esse carvão é semielaborado pela indústria nacional e, posteriormente, revendido aos EUA para a fabricação de motores, automóveis e aeronaves. “É uma cadeia importante, então, eu lamento, mas qual o caminho? O caminho é incentivar ainda mais o diálogo”, afirmou Alckmin.

Para lidar com a situação, foi estabelecido um grupo de trabalho no Brasil, composto pelo Ministério da Indústria e pelo Ministério das Relações Exteriores. Do lado americano, o Representante de Comércio dos EUA (USTR) integra a iniciativa. Alckmin também enfatizou que o Brasil pratica tarifa zero para oito dos dez principais produtos exportados pelos Estados Unidos para o país.

Protecionismo e reações das entidades brasileiras
A nova sobretaxa, que eleva a taxação para 50%, foi implementada menos de três meses após a imposição das primeiras tarifas de 25% sobre os mesmos produtos. Essa política comercial, adotada pelo governo estadunidense desde o início do segundo mandato de Donald Trump, visa proteger as siderúrgicas americanas e forçar uma reindustrialização do país.

A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) manifestou preocupação com a nova tarifa. A entidade defende a necessidade de uma abordagem dupla por parte do governo brasileiro: “cautela e calibração na adoção de medidas emergenciais de mitigação – como o fortalecimento dos instrumentos de defesa comercial e ajustes tarifários para coibir práticas desleais e desvios de comércio; por outro, visão estratégica para reposicionar o Brasil na nova geografia da cadeia global do alumínio, com base em suas vantagens competitivas estruturais”.

O Instituto Aço Brasil, representando as empresas do setor, em nota divulgada na terça-feira (3), reiterou a importância de reconstruir o mecanismo de cotas que permite a entrada de aço nos EUA sem tarifas. A entidade argumenta que a taxação prejudica a própria indústria norte-americana, que depende da importação de placas de aço do Brasil. O Instituto Aço Brasil expressou confiança na continuidade do diálogo entre os dois governos para retomar o fluxo de produtos de aço para os Estados Unidos, o que atenderia aos interesses de ambas as indústrias. Com informações da Agência Brasil

PUBLICIDADE
[wp_bannerize_pro id="valenoticias"]
Don`t copy text!