Fifa endurece punições para casos de racismo no futebol 1n5fo

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A Fifa divulgou uma nova versão do Código Disciplinar, que torna bem mais rigorosas as penalidades aplicadas em casos de racismo e outros atos discriminatórios no futebol. As mudanças foram aprovadas de forma unânime pelas 211 Associações-Membro da entidade, durante a reunião do Conselho da Fifa, realizada no último dia 17 em Bangkok, na Tailândia.

Entre as principais alterações está o aumento considerável do valor máximo das multas, que agora pode chegar a 5 milhões de francos suíços, o equivalente a aproximadamente R$ 34 milhões. Além das sanções financeiras, os clubes e federações que não atuarem de forma efetiva contra o racismo poderão sofrer punições esportivas severas, como perda de pontos, suspensão de competições e até exclusão de torneios.

Jogadores podem acionar árbitros diretamente
O artigo 15 do novo código, intitulado “Discriminação e Racismo”, traz uma mudança significativa no protocolo de combate às ofensas. Antes, cabia exclusivamente ao árbitro detectar e aplicar o procedimento em três etapas: interromper o jogo, suspender temporariamente e, em último caso, encerrar a partida.

Agora, qualquer jogador ou membro das comissões técnicas que se sinta vítima de racismo pode, diretamente, informar ao árbitro. Com isso, o juiz deverá ativar o protocolo imediatamente. Se as manifestações racistas persistirem, ele terá respaldo para suspender ou até encerrar definitivamente o jogo.

“Racismo é crime, não é apenas um problema no futebol”
Durante o Congresso da Fifa, realizado em 15 de maio em Assunção, no Paraguai, o presidente da entidade, Gianni Infantino, destacou que o combate ao racismo precisa ir além dos gramados.

“Racismo não é apenas um problema no futebol, é um crime. Por isso, estamos trabalhando em conjunto com governos e com a ONU para que essa luta também seja incorporada nas legislações criminais dos países”, afirmou Infantino.

Fifa poderá intervir em decisões de federações
O novo Código também amplia os poderes da Fifa em relação ao combate ao racismo. A partir de agora, a entidade poderá interpor recursos no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) contra decisões que considerar brandas ou inadequadas em casos de racismo. Além disso, se alguma federação nacional não investigar corretamente os incidentes, a Fifa poderá intervir diretamente, assumindo a condução do processo disciplinar.

Prazo até o fim do ano para adequação
As federações de futebol de todos os países terão até o final deste ano para atualizar seus próprios regulamentos e incorporar os novos princípios estabelecidos pelo Código Disciplinar da Fifa.

A medida representa um avanço na tentativa de tornar os ambientes esportivos mais seguros, inclusivos e livres de qualquer forma de preconceito, enviando um recado claro de que atos de racismo não serão mais tolerados. Com informações da Agência Brasil

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