Indústria de máquinas e equipamentos cresce 13,4% no primeiro quadrimestre 495q44

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A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou crescimento expressivo no primeiro quadrimestre de 2025. De acordo com dados divulgados em 29 de maio pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor faturou R$ 92,3 bilhões entre janeiro e abril, resultado 13,4% superior ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a entidade, o bom desempenho foi influenciado tanto por uma base de comparação mais baixa em 2024 quanto pela demanda consistente de setores menos afetados pelas altas taxas de juros.

Mercado interno puxa crescimento
O principal motor desse crescimento foi o mercado doméstico. As vendas internas somaram R$ 70,4 bilhões no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, alta de 17,1% em relação ao mesmo período de 2024.

Esse avanço reflete, segundo a Abimaq, a retomada de investimentos em segmentos industriais menos sensíveis às oscilações da política monetária, além de uma maior procura por modernização e automação dentro do parque industrial brasileiro.

Exportações recuam, com destaque para América do Norte
Na contramão das vendas internas, as exportações do setor caíram 7,8% no acumulado do ano, totalizando US$ 3,7 bilhões. A principal retração foi nas vendas para a América do Norte, que registraram queda de 22,7% no quadrimestre, apesar de uma recuperação pontual de 41,6% nas exportações realizadas apenas em abril.

Os Estados Unidos, tradicionalmente um dos maiores mercados para as máquinas e equipamentos brasileiros, acumulam uma queda de 22,4% nas compras em 2025, segundo o levantamento.

Importações batem recorde e China amplia liderança
Se, por um lado, as exportações encolheram, por outro, as importações seguiram em trajetória de forte alta. O Brasil importou US$ 10,4 bilhões em máquinas e equipamentos no primeiro quadrimestre, um avanço de 11,8% em relação a 2024 — o maior já registrado para o período, segundo a série histórica da Abimaq.

Mesmo com a desvalorização do real em cerca de 16,7% frente ao dólar, a redução dos preços médios das máquinas importadas, que caíram 6,8%, contribuiu para esse crescimento.

A participação da China nas importações brasileiras do setor disparou, atingindo 33% do total, consolidando o país asiático como o principal fornecedor de máquinas e equipamentos para o Brasil. Na sequência aparecem os Estados Unidos, com 15,8%, e a Alemanha, com 11,5%.

Perspectivas
Apesar dos desafios no mercado externo, o setor mantém uma visão otimista para 2025, sustentado especialmente pela demanda interna. A expectativa é que o cenário continue favorável, desde que fatores como o câmbio, a política monetária e os custos de produção permaneçam estáveis. Com informações da Agência Brasil

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