Temporada de frio: quando buscar ajuda urgente para sintomas respiratórios em crianças e idosos 4y2e27

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Com a chegada das temperaturas mais baixas e a maior circulação de vírus, o número de infecções respiratórias como gripe, resfriado, bronquiolite e pneumonia tende a aumentar. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) enfatiza a importância de reconhecer os sinais de gravidade, especialmente em crianças e idosos, que são os grupos mais suscetíveis a complicações severas. A identificação precoce pode ser crucial para salvar vidas.
Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, destaca os sintomas que indicam a necessidade de atendimento médico imediato. “Em casos de febre alta, dificuldade para respirar, coloração arroxeada nos lábios ou extremidades, tosse com catarro espesso, confusão mental, prostração ou saturação de oxigênio abaixo de 94%, a recomendação é procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou hospital o quanto antes”, alerta Prosdocimi.
Crianças pequenas, por terem um sistema imunológico ainda em desenvolvimento, podem ter quadros de saúde que se agravam rapidamente. Já os idosos, com a capacidade de resposta imunológica reduzida, são mais propensos a complicações. Por essa razão, a atenção deve ser redobrada para ambos os grupos.
Hospitalizações por SRAG: um cenário preocupante
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma condição séria que pode progredir rapidamente e exigir internação hospitalar. Seus sintomas incluem febre, tosse e dificuldade para respirar.
Entre janeiro e maio, Minas Gerais registrou mais de 100 mil atendimentos por infecções respiratórias nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Desse total, mais de 25 mil foram em crianças menores de 1 ano e idosos com mais de 60 anos.
No mesmo período de 2025, o estado contabilizou 39.556 internações por SRAG. Destas, impressionantes 66,05% ocorreram em crianças de até 1 ano e em pessoas com mais de 60 anos.
Em 2024, o panorama foi similar: de 97.488 internações por agravamento de doenças respiratórias, 55.172 foram entre idosos e mais de 9 mil em crianças com menos de 1 ano – totalizando 66,2% do total.
Vacinação e hábitos saudáveis como escudo protetor
A vacinação contra a influenza e a covid-19 é apontada como a medida mais eficaz para prevenir casos graves e óbitos por SRAG, especialmente entre os grupos prioritários: idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com comorbidades.
“É muito importante que a população procure uma Unidade Básica de Saúde ou vacimóvel para atualizar a caderneta de vacinação. As vacinas são fundamentais para prevenir complicações”, reforça Prosdocimi.
Dados do Ministério da Saúde, atualizados até 29 de maio, indicam que 4.316.110 doses da vacina contra a influenza foram aplicadas em Minas Gerais. A população-alvo é de 5.412.225 pessoas, e a cobertura vacinal entre gestantes, crianças e idosos está em 38,66%.
Em relação à vacina contra a Covid-19, a cobertura do esquema primário é de 88,68%, do reforço com a monovalente é de 59,04%, e da bivalente é de 23,48%. Até 29 de maio, 38.565.880 doses foram istradas no estado.
Além da imunização, a adoção de medidas simples de higiene e comportamento contribui significativamente para reduzir a circulação de vírus: higienizar as mãos com frequência, manter os ambientes ventilados, evitar aglomerações em períodos de surto e utilizar máscara em caso de sintomas gripais. Com informações da Agência Minas