Pará de Minas supera pico de crise respiratória após decreto de emergência em saúde. Secretário confirma morte de criança por Bronquiolite 5v56

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O município de Pará de Minas, bem como outras cidades do Centro-Oeste de Minas Gerais, viveu nas semanas anteriores um dos momentos mais críticos na área da saúde, especialmente no atendimento a crianças e idosos. No dia 16 de maio, a prefeitura decretou situação de emergência em saúde pública devido ao expressivo aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que resultou na superlotação da UPA 24 horas, com taxas próximas de 100% tanto no setor pediátrico quanto no adulto.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Gilberto Denoziro Valadares, este cenário foi impulsionado, principalmente, por um crescimento fora do comum nos casos de bronquiolite entre crianças. Ele explica que essa situação ocorre todos os anos entre maio e junho, mas, desta vez, o volume de casos graves foi significativamente maior, tanto em crianças quanto em idosos:

Gilberto Denoziro Valadares
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Ampliação de leitos e contratação emergencial
Com o decreto em vigor, o município conseguiu implementar uma série de ações que foram fundamentais para controlar a situação. O Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) recebeu novos leitos destinados exclusivamente ao atendimento de pacientes com problemas respiratórios. Além disso, houve a contratação emergencial de profissionais de saúde para reforçar a equipe da UPA e de outras unidades.

Uma das estratégias mais eficazes foi a criação de três Unidades Sentinelas, que aram a oferecer atendimento especializado em doenças respiratórias. As unidades foram instaladas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Nossa Senhora da Piedade, Providência e Walter Martins. O funcionamento dessas unidades foi ampliado, ando a atender de segunda a sexta-feira, das 16h às 20h.

Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação

Atendimento descentralizado e desafogo da UPA
As Unidades Sentinelas se mostraram uma alternativa eficiente, garantindo atendimento mais ágil e evitando que casos leves sobrecarregassem a UPA. No período de funcionamento emergencial, quase 1.500 atendimentos foram realizados nessas unidades. Isso contribuiu de forma direta para reduzir filas e agilizar o diagnóstico e o início do tratamento dos pacientes, além de evitar a disseminação de infecções respiratórias em ambientes de grande circulação.

Apesar do reforço, a demanda na UPA continuou alta em alguns momentos críticos, chegando a atender, em um único dia, até 626 pessoas, sendo boa parte crianças. A média de atendimentos infantis, que geralmente fica entre 260 e 280, foi largamente superada:

Gilberto Denoziro Valadares
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Casos graves e transferência de pacientes
Mesmo com as medidas adotadas, alguns casos mais graves exigiram a transferência de pacientes para hospitais de outras cidades, especialmente no caso de crianças, já que Pará de Minas não possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. Infelizmente, o secretário confirmou que uma criança não resistiu durante o transporte, e faleceu vítima de uma bronquiolite gravíssima:

Gilberto Denoziro Valadares
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Situação atual e avaliação das medidas
De acordo com Gilberto Denoziro Valadares, as ações tomadas surtiram efeito positivo. O pico da crise começou a dar sinais de recuo nos últimos 15 dias, e a situação está sendo progressivamente normalizada. O secretário destacou que, apesar das queixas pontuais sobre o tempo de espera, o atendimento foi mais ágil e organizado graças à triagem diferenciada para os casos respiratórios, que permite que os pacientes sejam encaminhados diretamente ao médico responsável, sem necessidade de aguardar junto a outros pacientes.

O balanço do secretário é de que, apesar da gravidade da situação, as medidas emergenciais adotadas evitaram um colapso ainda maior no sistema de saúde municipal, permitindo oferecer um atendimento mais seguro e eficaz à população.

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