Marcos históricos e livro mantém viva a memória de Benjamin de Oliveira, primeiro palhaço negro do Brasil 3s2c6e

O livro “Comicidade e Palhaçarias Negras” oferece um olhar aprofundado sobre o legado e a relevância duradoura de Benjamin de Oliveira, um artista multifacetado que se destacou em diversas expressões cênicas e musicais. A obra explora como sua trajetória profissional continua a inspirar artistas contemporâneos por meio de seus textos, imagem e criações circenses, solidificando-o como uma fonte contínua de inspiração artística.

O crítico de teatro e pesquisar paraminense, Guilherme Diniz, responsável por um dos capítulos da obra literária, destaca que apesar de um período de esquecimento, tanto nacional quanto em sua cidade natal, Pará de Minas, a imagem de Benjamin de Oliveira é hoje nacionalmente reconhecida e reverenciada. A trajetória do artista é particularmente inspiradora por seu caráter experimental, transitando e combinando diversas linguagens artísticas, como palhaçaria, artes cênicas, direção, música e acrobacia. Esse legado de experimentação e invenção permanece vivo, influenciando artistas por todo o país:

Guilherme Diniz
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O resgate de um ícone em Pará de Minas
O capítulo de Guilherme Diniz aborda especificamente a memória e a história de Benjamin de Oliveira em Pará de Minas, analisando os projetos e iniciativas locais para disseminar sua imagem e trajetória. Desde o final dos anos 90, a cidade tem feito progressos significativos em tornar a presença de Benjamin mais marcante. Exemplos incluem a Escola Livre de Teatro Municipal que leva seu nome e a presença de legislações e criações artísticas que o homenageiam. Artistas como Rony Moraes, Wendel Guilherme e Gustavo estão entre aqueles que, através de suas performances circenses e teatrais, mantêm viva a memória de Benjamin:

Guilherme Diniz
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O Município de Pará de Minas também conta com uma estátua de Benjamin de Oliveira, assinada pelo artista Alexandre Magno Martins Pinto, em uma das principais áreas de lazer do Parque do Bariri, evidenciando seu reconhecimento no espaço público. Guilherme Diniz analisa essa jornada, desde o apagamento inicial até o momento atual, onde Benjamin de Oliveira está solidamente presente no horizonte artístico da cidade. Alguns marcos históricos como a lei de 1958, que nomeou uma rua em sua homenagem no bairro Nossa Senhora das Graças, são destacados como pontos de partida para essa valorização contínua. A doação do livro “Comicidade e Palhaçarias Negras” à Biblioteca Pública Municipal Professor Mello Cançado é mais um o para eternizar o legado de Benjamin, garantindo que sua história e memória sejam íveis à população.

Guilherme Diniz
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Uma trajetória no teatro brasileiro
Guilherme Diniz compartilha sua própria jornada no teatro, que começou em Pará de Minas ainda jovem, aos oito anos, sob a orientação de Isabel Faria, atual secretária municipal de Cultura e Comunicação Institucional. Desde então, ele tem se dedicado ao teatro, desenvolvendo atualmente uma pesquisa de doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre o teatro negro brasileiro e a história da presença negra no teatro nacional. Como crítico teatral, Guilherme tem atuado em importantes festivais do país, como o Festival de Curitiba, a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, o Festival Internacional de Belo Horizonte e o Festival de São José do Rio Preto:

Guilherme Diniz
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Recentemente, teve a honra de ter sido convidado para ser um dos jurados do Prêmio Shell de Teatro, o mais prestigiado prêmio do teatro brasileiro, que reconhece diversas categorias da atuação e figurino. Essa participação é um reconhecimento do seu trabalho em análise e crítica teatral. Guilherme também foi gerente do Teatro Municipal durante três anos, o que contribuiu para sua formação e experiência. Apesar de circular por diversos lugares, Pará de Minas permanece um ponto central em sua história e um lugar onde ele sempre retorna com prazer e felicidade, pois é sua terra natal e onde estão os fundamentos de sua trajetória teatral.